A torcida que lotou a arena recebeu o pugilista sob o canto de "o campeão chegou", tamanha a confiança. O brasileiro não sentiu o peso nas costas. Pelo contrário. Trouxe a torcida como aliada, pressionou o francês, um jovem de 21 anos, desde o início da luta e logo abriu vantagem nos rounds iniciais. Agressivo, mas consciente, o pugilista tupiniquim mostrou uma esquiva impecável e lutou com estratégia. Com dois rounds vencidos com folga, ele apenas administrou a última etapa com muita movimentação e boxeando de forma segura.
Treinado pelo renomado Luiz Dórea, na academia Champion, em Salvador (BA), o lutador revelou ter sido "espancado" nos treinos preparatórios para o Rio-2016. Crescido na favela, mais do que as pancadas que levou nos treinos, aquelas que a vida lhe acertou serviram para que seu lema "sou brasileiro e não desisto nunca" fizessem sentido na Rio-2016. Em suas duas primeiras participações em Olimpíada (Pequim-2008 e Londres-2012), ele foi eliminado ainda na primeira fase. As frustrações se tornaram lições valiosas. O escuro da decepção ganhou uma cor dourada.
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