Desde a infância, John John Florence já era apontado como um possível candidato ao título mundial. Por muito tempo, a alma de freesurfer e a busca por ondas grandes e perfeitas pelo mundo nortearam a sua vida. A veia competitiva estava ali, mas demorou a despertar. "Showman" no freesurf, o havaiano da ilha de Oahu finalmente virou a chave em 2016 com um ano impecável, com direito ao seu primeiro título mundial.
Na elite desde 2011, mesmo período de Gabriel Medina, John John deixou a irregularidade para trás e deu lugar à constância. Se na temporada passada, o caneco chegou com uma etapa de antecedência, após a vitória nas ondas de Supertubos, Portugal, em 2017, a história terminou como um conto de fadas. O bicampeonato em casa, diante de sua torcida, família e amigos foi um sonho realizado. A conquista foi confirmada nesta segunda após a eliminação de Medina nas quartas de final no Havaí.
John John sagrou-se campeão quando estava na área reservada aos atletas em Pipeline. De longe, ele assistiu à derrota de Gabriel Medina para o francês Jeremy Flores, minutos depois de desbancar o australiano Julian Wilson pela mesma fase. Campeão mundial em 2014, Medina precisava vencer em Pipeline para faturar o bi. O sonho ficou pelo meio do caminho com uma derrota por 12.76 a 6.04. John John terá como adversário na semifinal Ian Gouveia, único brasileiro já garantido na penúltiama fase do Pipe Masters.
Baterias das quartas de final:
1. Ian Gouveia (BRA) 9.70 x 8.40 Joel Parkinson (AUS)
2. John John Florence (HAV) 17.60 x 2.64 Julian Wilson (AUS)
3. Jeremy Flores (FRA) 12.67 x 6.04 Gabriel Medina (BRA)
4. Kanoa Igarashi (EUA) 9.57 x 8.67 Italo Ferreira (BRA)
Baterias das semifinais:
1. Ian Gouveia (BRA) 12.33 x 12.56 John John Florence (HAV)
2. Jeremy Flores (FRA) 12.20 x 11.33 Kanoa Igarashi (EUA)
Final:
John John Florence (HAV) 16.16 x 16.23 Jeremy Flores (FRA)
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