Nem sempre há justiça no futebol, mas o Atlético Nacional provou que ela existe em certos momentos. Num roteiro escrito a partir de uma fase de grupos quase perfeita, os colombianos entraram para a história no Atanasio Girardot, em Medellín, lotado. Com gol do iluminado Miguel Borja, algoz do São Paulo na semifinal, a equipe do treinador Ricardo Rueda espantou o qualificado Independiente del Valle e carimbou o passaporte para o Mundial de Clubes.
Incorporado ao grupo na semifinal, Miguel Borja precisou de quatro jogos para se tornar ídolo de uma torcida apaixonada. E o ato final veio no primeiro tempo da decisão, na Colômbia. Logo aos 17 segundos de bola rolando, o atacante recebeu de Guerra, ganhou de Mina, mas mandou pelo alto a chance de colocar o Atlético Nacional em vantagem. Não faria falta. Aos oito minutos, o artilheiro aproveitou sobra na grande área e fuzilou para explodir o estádio.
O Del Valle respondeu no primeiro lance da etapa complementar. Uchuari, vindo do banco, foi derrubado na área, mas o contato foi ignorado pelo árbitro Néstor Pitana. Após o susto, o Nacional fez questão de não mais ser incomodado pelos equatorianos. Deu aula de como trocar passes e ficar com a posse de bola. Por pouco não ampliou - Marlos Moreno e Borja perderam boas ocasiões. Os quatro minutos de acréscimos, que poderiam significar quatro minutos de pressão dos visitantes, foram controlados pelos colombianos, novos donos da América.
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