Parecia o velho Anderson Silva. Com a confiança lá em cima, o Spider relembrou os velhos tempos ao andar sobre a linha tênue das brincadeiras dentro do octógono. Provocou o rival Michael Bisping com gestos, movimentos e esquivas arriscadas, chamou-o para o combate e instigou contra si a torcida inglesa que compareceu à O2 Arena, em Londres - até levou bronca de seus treinadores por não dar continuidade aos ataques.
Antigamente, ele nocautearia e sairia como gênio. Só que na noite deste sábado o resultado foi diferente. Anderson não foi nocauteado como quando enfrentou Chris Weidman pela primeira vez, mas perdeu assim mesmo. O resultado saiu na decisão unânime dos jurados (triplo 48 a 47 a favor de Bisping).
O brasileiro reclamou muito, mas o fato é que enfrentou um verdadeiro guerreiro. Bisping chegou a ser nocauteado com uma joelhada voadora, o problema é que o gongo do terceiro para o quarto rounds já havia tocado.
Ou seja, não valeu, e o inglês teve força para se recuperar e pressionar Anderson até o fim. Antes do incidente, Bisping havia dado dois knockdowns em dois momentos de susto para o Spider.
O jejum do Spider permanece. A última vitória foi em outubro de 2012, contra Stephan Bonnar. Após cumprir suspensão por doping, que inclusive lhe tirou o triunfo de janeiro de 2015 sobre Nick Diaz, ele agora tem outra grande decepção ao retornar. Bisping, por sua vez, conquistou a maior vitória da carreira e pode, quem sabe, alcançar o sonho de disputar o cinturão dos médios (até 84kg) do UFC pela primeira. Luke Rockhold, atual campeão, já o venceu uma vez e tem revanche contra Weidman agendada.
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