Parecia roteiro de filme, mas aconteceu de verdade: em 30 de outubro de 1988, após quase ficar parado na largada no GP do Japão, em Susuka, e perder 16 posições, Ayrton Senna sagrou-se campeão mundial pela primeira vez, em episódio que é considerado um dos mais marcantes de sua vitoriosa carreira e que ajudaram-no a conquistar o posto de um dos maiores pilotos de todos os tempos.
A vitória somente consagrou o que foi uma temporada brilhante pela McLaren e decidida nos detalhes com seu rival e companheiro de equipe Alain Prost. Enquanto o brasileiro chegou ao Japão com sete vitórias na bagagem, o francês somava seis, ou seja, aquela vitória definiria o título – naquela época, como os cinco piores resultados de cada piloto eram descartados, o número de vitórias podia definir a conquista.
Tendo atingido sua 12ª pole no treino classificatório, recorde até então de uma temporada, o final feliz parecia próximo, no entanto, o maior piloto de todos os tempos não contava com uma “engasgada” de sua McLaren na largada, quando muitos o ultrapassaram e ele ficou apenas no 16º lugar. Mesmo assim, já na primeira curva ganhou duas posições e, findada a primeira volta, era o oitavo. Na décima, ultrapassou Gerhard Berger com sua Ferrari e assumiu a terceira posição.
Como todo roteiro de filme, além do trabalho existe a sorte: Ivan Capelli, da March, abandonou a corrida e, então, eram apenas Prost e Senna logo atrás, em seu retrovisor. Na 28ª volta, o brasileiro foi para cima do rival e conseguiu a ultrapassagem, a 15ª daquele dia. Senna manteve o ritmo forte até o fim e conquistou seu primeiro título mundial há exatos 30 anos, no GP do Japão.
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