Do outro lado da rede estava um gigante. Daqueles difíceis de serem derrubados. Forte, cheio de armas, doido para manter a sua coroa e dando sinais claros disso. O Cruzeiro venceu o primeiro set com tranquilidade. Tinha pressa e tratou de deixar de lado a tática do bom mineiro. Mas neste domingo, no Maracanãzinho, quem acabou comendo pelas beiradas foi o Rio de Janeiro. De mansinho, como quem não quer nada, se recuperou, tomou conta da partida e conquistou o primeiro título da Superliga em apenas dois anos de história: 3 sets a 1, parciais de 15/25; 25/18; 25/18 e 25/14.
Fez mais do que isso. Pôs fim a um jejum que durava 32 anos. Foi em 1981, no mesmo palco, que o time do Atlântica Boavista ergueu o caneco pela última vez em um campeonato nacional para o estado. O feito também faz a cidade ter pela primeira vez duas equipes campeãs da Superliga masculina e feminina. Transforma ainda o levantador Bruninho no maior vencedor de todos os tempos do torneio, com seis títulos no currículo (um pela Unisul, quatro pelo Florianópolis e um com o Rio de Janeiro).
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