A cada movimento do Yang Liu, soava no ginásio Guangxi um expressão
conjunta de admiração. A torcida empurrou e pesou a favor do chinês
neste sábado. Arthur Zanetti lutou, usou de toda a sua força - e olha
que ele tem muita - para executar sua série quase com perfeição, mas não
deu. Depois de quase dois anos no topo do pódio das argolas, o
brasileiro teve de descer um degrau. A medalha de prata no peito foi
recebida com sorrisos tímidos, mas não menos orgulhosos. A vitória do
chinês de certa forma era esperada. Ele era favorito em Nanning. Venceu
uma das muitas batalhas que serão travadas até as Olimpíadas do Rio de
Janeiro, em 2016.
Se antes do Mundial Diego carregava o enorme peso de não se vê no mesmo
nível técnico dos companheiros de equipe - não no solo, mas nos outros
aparelhos -, no ginásio Guangxi ele ficou leve para voar. E muito alto. O
ginasta arrancou gritos de admiração da torcida chinesa com a série de
nota 15,700 pontos. Só não conseguiu superar - e por pouco - o "homem de gelo" Denis Abliazin.
O russo, que está em grande fase neste ano, fez uma apresentação quase
perfeita (15,750) para levar o ouro e enfim abrir um sorriso. Ele venceu
até mesmo o fenômeno japonês Kenzo Shirai. O campeão do Mundial de
2013, rei das piruetas, levou a prata (15,733).
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